segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os e-portefólios

Portefólios digitais

Depois das leituras feitas e estando esta formação quase no fim…aqui vão mais alguns pensamentos sobre os e-portefólios no processo ensino-aprendizagem da Língua Inglesa. É de notar que sempre tive o meu portefólio. Antes, muito mais em formato papel. E, no fundo, posso dizer que os dossiês guardados no escritório são a pré-história dos e-portefólios. Agora, e cada vez mais, tenho-os em formato digital. Sim…uma vez que, cada vez que fabrico um novo conteúdo das disciplinas que lecciono, em formato digital, estou a aumentar o volume do meu próprio e-portefólio. Um e-portefólio pode ser, então, um suporte essencial para a vida pessoal e profissional de qualquer professor (se, neste momento, o meu computador ficasse “doente”, eu, com certeza, teria um colapso nervoso, porque tenho materiais que uso diariamente nas minhas aulas).
Todos nós já percebemos que todos os alunos, até mesmo muitos com necessidades educativas especiais, estão completamente à vontade, com a maior parte das ferramentas digitais mais comuns nos dias de hoje. No entanto, também me tenho apercebido que há certas ferramentas que constituem uma novidade. Este comentário só aparece aqui porque, quando falei aos meus alunos dos blogs e dos wiki, notei que estava a falar de algo novo para a maior parte deles, principalmente no que se refere aos wikis.
Não há dúvida que os e-portefólios podem ser instrumentos motivadores e poderíamos utilizá-los para, mais facilmente, atingirmos os nossos objectivos como professores de Língua Inglesa, isto é, para mais facilmente podermos dotar os nossos alunos de competências linguísticas e comunicativas na Língua Inglesa. Há uma infindável panóplia de instrumentos à nossa disposição, sejam eles power points, filmes, etc… até um simples texto escrito em Word, mas projectado num data show, faz milagres. Experiência própria!!! Para os alunos, uma imagem projectada faz toda a diferença.
Neste momento, além das competências normais relacionadas com a nossa profissão, é fundamental que o professor tenha o máximo de competências na área das novas tecnologias. No ramo educacional, estas competências são muito valorizadas, porque possibilitam e simplificam as planificações de programas, arquivamento de documentos, transmissão de conhecimentos, capacidades e habilidades.
Os e-portefólios podem ser considerados uma ferramenta de apoio à reflexão constante, pois os materiais que eu vou seleccionando, organizando e arquivando podem e devem conter, em si mesmo, uma reflexão do que vai sendo feito. Os aspectos positivos e os aspectos negativos a serem melhorados. Tal como tem acontecido ao longo da nossa formação.
As vantagens dos e-portefólios são óbvias. Desde a facilidade de actualização, passando pela simplicidade de armazenamento, finalizando na extraordinária capacidade de integração multimédia. Outros aspectos a ter em conta têm a ver com o facto de serem mais facilmente transportáveis, copiáveis e partilháveis.
Partilha é, na minha opinião, uma palavra-chave em todo este processo. Desde que comecei a criar ferramentas digitais, tenho partilhado muitas delas com algumas colegas e amigas que estão dispersas por alguns cantos de Portugal, nomeadamente, Madeira (onde estão algumas das minhas melhores amigas, colegas de estágio, mana…que também é professora), Algarve, Évora e até mesmo Torres Vedras. O lema do meu grupo de amigos é “partilhar para não se perder”. Assim, muitas das coisas que eu faço, envio para elas e tudo o que elas fazem, enviam-me. É claro que esta situação só é possível graças ao mundo www.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Os wikis

A partir das leituras que vou realizando, começo a considerar que, tal como os blogs, os wikis e os e-portefólio são ferramentas que podem centralizar… (e centralizam mesmo!!! ) o processo ensino-aprendizagem muito mais no aluno e menos no professor. O professor, cada vez mais, é um “mero” orientador do trabalho a ser desenvolvido.
Um dos pontos fundamentais desta ferramenta tem a ver com a avaliação. É a chamada avaliação “autêntica”. E segundo os autores consultados, a utilização dos e-portefólios poderá ser uma mais-valia e uma forma mais correcta de fazer a avaliação (fora do ambiente de sala de aula) dum determinado percurso feito pelos alunos em detrimento da avaliação dita formal. É de notar que, às vezes, esta é muito frustrante para alguns alunos tremendamente trabalhadores, mas que nunca conseguem atingir a nota que seria a sua real ambição. (Este texto fez-me lembrar um determinado aluno que não passava do “oito” na avaliação formal até ao dia em que foi numa viagem de fim de período a Londres…e espanto dos espantos…foi o aluno que mais interagiu e mais comunicou com todas as pessoas durante a estadia no país de “sua majestade”. Uma das senhoras com quem o rapaz “meteu conversa” no metro olhou para a professora, no fim do percurso do metro, e disse:” You must be very proud of him!” Nesse momento, a professora ficou com a certeza que algum aspecto não estava a funcionar correctamente com a dita avaliação formal. A verdade é que, depois dessa viagem, o aluno passou a ter mais confiança em si próprio e nas suas capacidades reais e acabou o ano com a média de 13 valores!)
Mas voltando aos e-portefólios…
Um e-portefólio pode ser uma excelente ferramenta. Os alunos podem usar o seu e-portefólio para, por um lado, demonstrar as suas competências e, por outro, reflectir sobre o seu próprio processo de aprendizagem. Este é um processo dinâmico, pois o e-portefólio vai sendo construído e aumentado conforme o tempo vai passando. Há uma série de materiais em constante evolução.
Uma outra perspectiva dos e-portefólio tem a ver com a criação de wikis. Estes podem ser elaborados individualmente ou em equipa. A abordagem em equipa faculta e facilita a criação de trabalhos através de actividades colaborativas. É uma abordagem, da era digital, dos trabalhos de grupo.
Para que estes trabalhos funcionem bem é importante seguir uma série de princípios e regras. Estas são, no fim de contas, as mesmas regras existentes aquando da realização dum qualquer trabalho de grupo. O que há de novo está relacionado com a maravilha que só a Web nos permite. Eu posso estar na Ilha da Madeira e ser um dos elementos dum grupo de trabalho que está em Coimbra ou em Ponta Delgada. A função prática e pragmática da internet é determinante. No entanto, para que a boa prossecução destes trabalhos colaborativos aconteça, é importante seguir certas regras. É necessário saber muito bem qual é o objectivo do trabalho; as boas regras de convivência (mesmo à distância) têm que ser cumpridas; todos os participantes devem colaborar de forma equitativa; deve evitar-se que os elementos mais extrovertidos dominem o trabalho; assim como se deve ter especial cuidado com os alunos mais envergonhados. O professor deve orientar e monitorizar o trabalho de forma a que todos se sintam confortáveis e partes integrantes do grupo.
No entanto, há um aspecto a ter em atenção. Neste tipo de trabalho as falhas de comunicação, nem que seja de um elemento do grupo, pode impedir que esse mesmo elemento participe de forma plena e construtiva.
O e-portefólio pode ser uma ferramenta poderosa para todos nós!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pensamentos soltos

Aqui estão algumas palavrinhas sobre os blogs e do uso deles no ensino da Língua Inglesa e respectivas tecnologias virtuais.
Pois, se Deus quer, o homem sonha e a obra nasce, vamos lá reflectir um pouco sobre este assunto. O meu blog nasceu no primeiro dia da formação, num dia em que me senti um tanto ou quanto confusa, depois de uma sucessão de tentativas. Quando dei por mim, já não havia volta a dar. O meu blog tinha nascido.
Quando o “senhor que manda nos blogues” me “ordenou” “choose your blog name”, hesitei. Confesso que ousei pensar lugares comuns tais como www.o-cantinho-da-isilda.blogspot.com ou www-ser-professor-e-fixe-blogspot.com, mas resisti.
Estou no ensino há catorze anos mas nunca, nunca! como hoje me senti tão impotente. O apelo à mudança é tão, tão forte que não há manual que, por mais colorido e adaptado que seja, me consiga tirar a razão. O caminho passa, obrigatoriamente, pelo recurso às novas tecnologias, ou seja, o blog também está aqui incluído.
Como é que é possível que a maior parte dos nossos alunos não consiga, ao fim de nove anos na escola, interpretar um texto de dez linhas e consiga – com velada desfaçatez – aprender, em escassas aulas, como usar o Word e o Paint, aceder à Net, aos jogos online, ao MSN. E como se não bastasse, ainda se prestam a fazer o trabalho de casa: toneladas de downloads ilegais de músicas em formato mp3’s e filmes em XviD para depois trocarem entre si nos recreios. Depois de pensar nisto, não há volta a dar. Temos que agarrar os alunos de alguma forma, ainda mais agora que a Língua Inglesa está a ultrapassar a Matemática no número de negativas, a nível nacional. “Nada acontece por acaso”…Será que estou a ter esta formação, neste momento, porque está na hora de usar os blogs como um auxiliar no ensino da Língua Inglesa? Será que é por aqui o caminho?
Há, efectivamente, que diversificar a oferta e adoptar atalhos que, sem os levar por caminhos sem retorno, nos concedam o condão de resgatar para aqueles miúdos o gosto pela aprendizagem da Língua Inglesa e pelo querer saber mais e melhor.
Depois do primeiro dia da formação, apresentei-lhes o mundo dos blogs como recurso infinito para recolha e partilha de informação. Mostraram-se interessados. A ideia ocorreu-me: porque não tendo eu um blog…sim… porque eu ainda não me sinto uma “bloguista”, visito alguns blogs alheios quase diariamente. Afinal, existem blogues para todos os gostos: de direita, de esquerda, de desporto, de moda, de bandas, de culinária e até de truques e dicas para falsear os resultados do PES2009 (que eles consultaram com particular atenção).
Fiando-me no interesse generalizado que, subitamente, se abateu sobre os alunos, tenho andado a pensar seriamente usar esta “ferramenta”. Desde a escolha do nome do blog até à selecção do conteúdo, papel de fundo, links e regras da utilização…será que as aulas passarão a ter uma vida mais eficaz? Eu própria me sinto um tanto perdida em mares nunca antes navegados. Mas o resultado da experiência pode vir a ser muito positivo e não posso correr o risco de desperdiçar esta oportunidade.
Será que os alunos se vão sentir com mais vontade para participarem mais activamente, uma vez que estaremos a usar uma ferramenta que é muito apreciada por eles?
Não há qualquer dúvida do poder, para os alunos, da imagem projectada no computador ou no “data show”.
O recurso ao blog no contexto das aulas de Língua Inglesa pode estimular a prática da produção textual (nem que sejam textos pequenos), oral e o poder de argumentação dos meus alunos. Para além de poder propiciar a leitura de uma maior diversidade de textos, através dos mais diversos links disponibilizados. Pode vir a gerar, consequentemente, uma série de debates e comentários mediados pela prática da escrita.
O uso destas “páginas digitais” exigirá mudanças sensíveis no meu perfil. Passarei de professora a orientadora e, embora possa avaliar e dar nota aos meus alunos, na prática, deixarei de ser o leitor alvo dos textos criados por eles. Os meus alunos mostrar-se-ão mais preocupados com a qualidade da escrita e com o desenvolvimento do discurso, (quer oral, quer escrito) visto o blog ser, agora, público.”
Como conclusão, posso afirmar que o blog pode ser uma ferramenta motivadora da melhoria no processo ensino-aprendizagem da Língua Inglesa e no desenvolvimento das mais diversas competências desta e que lhes poderão ser úteis ao longo da vida, pois, tal como disse o “nosso mestre”. “Será justo e correcto, na sociedade contemporânea, deixar miúdos sair da escola sem competências básicas….só porque vêm de famílias pobres e nada atentas às suas necessidades”?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Novos desafios!

Conforme o tempo passa, novos desafios para os professores.
Nos últimos anos lectivos, foi-me atribuído um novo Cargo. Tenho sido Professora Tutora. As horas de Tutoria destinam-se a apoiar individualmente e de forma personalizada alunos de PIEF, nomeadamente no que respeita ao seu desenvolvimento vocacional e todo o seu processo educativo e formativo de integração na Turma PIEF.
Assim, a acção de tutoria pauta-se por uma dinâmica colaborativa em que participam diferentes agentes (alunos, docentes, encarregados de educação e empresas) com diferentes graus de implicação, de forma a resolver algumas dificuldades dos alunos, de facilitar a sua integração na turma, de atenuar eventuais situações de conflito e de fazer o acompanhamento da formação vocacional nas empresas.